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Balança comercial tem superávit de US$ 5,9 bilhões em junho, menor saldo para o mês em 6 anos

Comércio com os EUA foi marcado por déficit para o Brasil em junho. Exportações brasileiras para os norte-americanos subiram, mas importações cresceram ai...

Balança comercial tem superávit de US$ 5,9 bilhões em junho, menor saldo para o mês em 6 anos
Balança comercial tem superávit de US$ 5,9 bilhões em junho, menor saldo para o mês em 6 anos (Foto: Reprodução)

Comércio com os EUA foi marcado por déficit para o Brasil em junho. Exportações brasileiras para os norte-americanos subiram, mas importações cresceram ainda mais. A balança comercial registrou superávit de US$ 5,88 bilhões em maio, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta sexta-feira (4). 🔎O resultado é de superávit quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é deficitário. Segundo dados oficiais, houve uma queda de 6,9% no saldo positivo na comparação com o mesmo mês de 2024 (+US$ 6,32 bilhões). Esse é o pior resultado para meses de junho desde 2019, quando foi contabilizado um superávit comercial de US$ 4,36 bilhões. 💵De acordo o governo, em junho: As exportações somaram US$ 29,14 bilhões, com alta de 1,4% na média por dia útil; As importações somaram US$ 23,57 bilhões, com alta de 3,8% na média por dia útil. Primeiro semestre Armínio Fraga : economia precisa de providências mais profundas Nos seis primeiros meses do ano, o saldo comercial ficou positivo em US$ 30,09 bilhões, com queda de 27,6% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 41,55 bilhões). No acumulado deste ano, as exportações somaram US$ 165,83 bilhões (alta de 1% na comparação com o mesmo período do ano passado). Já as importações totalizaram US$ 135,77 bilhões, com aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2024. Destaques das exportações em junho Soja: US$ 5,36 bilhões, com queda de 12,5% Óleos brutos de petróleo: US$ 3,55 bilhões, com queda de 2,1% Minério de ferro: US$ 2,31 bilhões, com recuo de 8,6% Açúcares e melaços: US$ 1,44 bilhão, com queda de 6,5% Carne bovina: US$ 1,31 bilhão, com aumento de 52,8% Café não torrado: US$ 934 milhões, com alta de 16,5% Principais compradores em junho China e Macau: US$ 9,94 bilhões, com alta de 2,3% União Europeia: US$ 3,46 bilhões, com recuo de 14% Estados Unidos: US$ 3,36 bilhões, com alta de 2,4% Mercosul: US$ 2,25 bilhões (+52,7%), sendo US$ 1,61 bilhão somente para a Argentina (+70,8%) Associação de Nações do Sudeste Asiático: US$ 1,91 bilhão, com queda de 8%. Tarifaço dos EUA Justiça dos EUA restabelece 'tarifaço' de Donald Trump 🌎O resultado da balança comercial divulgado nesta sexta-feira – referente ao mês de junho – ocorre em meio ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No mês passado, o comércio com os Estados Unidos foi marcado por um déficit de US$ 595 milhões, ou seja, o Brasil mais importou do que exportou para a economia norte-americana, neste montante. Em junho, as exportações brasileiras aos EUA somaram US$ 3,36 bilhões, com alta de 2,4%. Já as compras brasileiras de produtos americanos totalizaram US$ 3,95 bilhões em junho, com alta de 18,5%. ▶️Em meados de março, entrou em vigor uma cobrança de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio nos Estados Unidos, um mês após assinatura de decreto pelo presidente Donald Trump. ▶️E, no início de abril, foram anunciadas tarifas extras a produtos importados de diversos países. ▶️A tarifa para os produtos brasileiros ficou em 10%, a exemplo dos produtos do Reino Unido, e abaixo dos 20% anunciados para a União Europeia e das tarifas impostas para a China, por exemplo. ▶️No caso dos produtos chineses, as taxas impostas pelos Estados Unidos chegaram a 145%, o que causou retaliações de Pequim, que elevou os impostos aos EUA para 125%. Em maio, porém, os países concordaram em reduzir temporariamente as tarifas por 90 dias. ▶️No mês passado, os EUA elevaram as tarifas sobre importações de aço, alumínio e derivados mais ainda, para 50%, conforme decreto assinado pelo presidente Donald Trump. A medida impacta o Brasil.