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Dólar tem leve queda e fecha a R$ 5,46 de olho em EUA-China e relatório do Fed; Ibovespa sobe

Trump ameaça 'corte de laços' no comércio com a China O dólar fechou em queda de 0,13% nesta quarta-feira (15), cotado a R$ 5,4624. Já o Ibovespa, principa...

Dólar tem leve queda e fecha a R$ 5,46 de olho em EUA-China e relatório do Fed; Ibovespa sobe
Dólar tem leve queda e fecha a R$ 5,46 de olho em EUA-China e relatório do Fed; Ibovespa sobe (Foto: Reprodução)

Trump ameaça 'corte de laços' no comércio com a China O dólar fechou em queda de 0,13% nesta quarta-feira (15), cotado a R$ 5,4624. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em alta de 0,65%, aos 142.604 pontos. Os investidores reagiram com certo otimismo após o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, adotar um discurso mais moderado em relação ao conflito comercial com a China. Ainda no país, o mercado seguiu atento às sinalizações do Federal Reserve sobre sua política de juros. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Nos EUA, o destaque foram as declarações de Bessent, que afirmou que o país não pretende ampliar o conflito comercial com a China. A fala mais conciliadora foi feita pela manhã, em entrevista à CNBC. ▶️ Também nos EUA, foi divulgado o "Livro Bege", relatório do Federal Reserve (Fed) que reúne avaliações sobre a atividade econômica nos 12 distritos do país. No documento, o banco central americano voltou a demonstrar preocupação com a desaceleração do mercado de trabalho. ▶️ Ainda no cenário internacional, o ouro superou os US$ 4,2 mil a onça pela primeira vez nesta quarta-feira, impulsionado pelas expectativas de novos cortes na taxa de juros dos EUA. A busca por segurança diante da incerteza econômica e geopolítica também contribuiu para o avanço do metal. ▶️ No Brasil, o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Os dados mostraram que as vendas no varejo brasileiro avançaram 0,2% em agosto na comparação com o mês anterior e subiram 0,4% sobre um ano antes. ▶️ Ainda no cenário local, o mercado repercutiu o anúncio da Eletrobras sobre a venda da participação na Eletronuclear por R$ 535 milhões à J&F, dos irmãos Batista. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,74%; Acumulado do mês: +2,63%; Acumulado do ano: -11,61%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: +0,71%; Acumulado do mês: -3,11%; Acumulado do ano: +17,79%. Livro Bege do Fed O Federal Reserve informou nesta quarta-feira que a atividade econômica dos EUA se alterou pouco e o nível de emprego ficou praticamente estável nas últimas semanas, mesmo com mais empresas relatando reduções no número de funcionários. "Na maioria dos distritos, mais empregadores relataram queda de funcionários por meio de demissões em massa e atritos, com demanda mais fraca, incerteza econômica elevada e, em alguns casos, aumento do investimento em tecnologias de inteligência artificial", disse o Fed no "Livro Bege". "No entanto, a oferta de mão de obra nos setores de hotelaria, agricultura, construção e manufatura foi supostamente prejudicada em vários distritos devido a mudanças recentes nas políticas de imigração", acrescentou. Divulgado duas semanas antes de cada reunião de definição de juros do Fed, o relatório busca auxiliar as autoridades na avaliação da economia americana, oferecendo dados mais oportunos e, em muitos casos, mais detalhados do que os das estatísticas oficiais. Com o vácuo de dados causado pela paralisação do governo, o "Livro Bege" pode ganhar mais relevância nas deliberações dos formuladores da política monetária do Fed, após a decisão do mês passado de cortar os juros em 0,25 ponto percentual. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou nesta semana que as perspectivas para a inflação e o mercado de trabalho pouco mudaram desde a última decisão, embora o crescimento econômico tenha surpreendido positivamente. Vendas no varejo As vendas varejistas no Brasil avançaram em agosto conforme o esperado, interrompendo série de quatro resultados negativos, embora o setor permaneça apresentando variações mensais modestas em um cenário marcado por política monetária restritiva e arrefecimento da atividade. Em agosto, houve aumento de 0,2% nas vendas no varejo em relação a julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, com alta de 0,4% ante o mesmo mês do ano anterior. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,2% no mês e de 0,3% na comparação anual. O varejo tem oscilado em uma margem estreita este ano, com variações mensais positivas ou negativas sempre abaixo de 1%, conforme o setor equilibra de um lado uma taxa básica de juros elevada -- a Selic está atualmente em 15% --, o que restringe o crédito e afeta o consumo, e de outro um mercado de trabalho aquecido. Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo, cinco tiveram resultados positivos em agosto: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%); Tecidos, vestuário e calçados (1,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%); Móveis e eletrodomésticos (0,4%); e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%). “Os produtos de informática tiveram forte influência do dólar, em franca desvalorização em agosto”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. No mês, o dólar acumulou perda de 3,18% em relação ao real. Já as taxas negativas foram registradas por Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%); Combustíveis e lubrificantes (-0,6%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%). No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 0,9% em agosto na comparação com julho, mas caiu 2,1% na base anual. EUA em paralisação pelo 15º dia A paralisação do governo dos Estados Unidos chegou ao 15º dia nesta quarta-feira, com sinais de que o impasse pode se tornar o mais longo da história. Isso porque o presidente Donald Trump, junto aos republicanos no Congresso americano, estão se mantendo firmes na estratégia de pressionar os democratas — que exigem mais recursos para saúde, incluindo a reversão de cortes no Medicaid e a extensão de benefícios ligados ao Obamacare. Ontem, Trump anunciou que divulgará nesta sexta-feira (17) uma lista de programas democratas que foram encerrados durante o shutdown. Segundo ele, muitos desses projetos não serão retomados, o que representa uma mudança significativa na estrutura de gastos públicos. A Casa Branca também informou que está se preparando para novas demissões, ampliando o impacto da paralisação sobre o funcionalismo federal. No Senado, uma nova tentativa de votação está marcada para as 14h15 (horário de Washington), com o objetivo de aprovar uma proposta que reabriria o governo até 21 de novembro. No entanto, a expectativa é de que o projeto não alcance os 60 votos necessários. Enquanto isso, Trump reforça que está aproveitando o momento para cortar gastos e enfraquecer programas que considera prejudiciais, afirmando que os democratas estão “perdendo” com a paralisação. Bessent: Trump está pronto para se reunir com Xi O presidente dos EUA, Donald Trump, está pronto para se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, e as autoridades dos dois países estão trabalhando para marcar uma reunião, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, nesta quarta-feira. Bessent disse à CNBC que os EUA não queriam intensificar o conflito com a China e não queriam se dissociar da segunda maior economia do mundo. Ele disse que foi devido à confiança entre Trump e Xi que o conflito comercial entre os dois países não aumentou ainda mais. A declaração ocorre após, na véspera, em entrevista ao "Financial Times", Bessent acusar a China de tentar enfraquecer a economia global, depois que o governo chinês anunciou novas restrições à exportação de terras raras. Stephen Miran, diretor do Fed, também falou à CNBC nesta quarta-feira e comentou sobre os impactos do conlfito entre EUA e China para as perspectivas econômicas. Segundo ele, as novas tensões comerciais representam novos riscos negativos para as perspectivas econômicas, dando mais urgência à necessidade do Federal Reserve de cortar sua taxa de juros. "Temos que reconhecer que há alguma diferença agora em relação ao que pensávamos há uma semana", antes de a China anunciar novas restrições à exportação de minerais de terras raras, essenciais para a fabricação de produtos de alta qualidade, disse Miran. "Agora há mais riscos negativos do que há uma semana, e cabe a nós, como autoridades, reconhecer que isso deve se refletir nas políticas... Torna-se ainda mais urgente que cheguemos rapidamente a uma posição mais neutra na política monetária." Bolsas globais Em Wall Street, os mercados americanos fecharam sem direção única nesta quarta-feira, em meio a bons resultados corporativos e à espera de sinais sobre a política de juros. Comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre o mercado de trabalho na véspera reforçaram a aposta de que os juros podem ser reduzidos ainda este mês. Apesar disso, ontem o clima também foi de tensão, com Trump ameaçando novas restrições comerciais à China, após o país asiático impor sanções a subsidiárias americanas. O Dow Jones Industrial Average recuou 0,04% nesta quarta, aos 46.253,31 pontos. O S&P 500 avançou 0,41%, aos 6.671,50 pontos, e o Nasdaq Composite subiu 0,66%, aos 22.670,08 pontos. As bolsas europeias fecharam de forma mista, com alguns mercados recuperando uma parcela das perdas recentes. Parte do avanço foi puxado por empresas do setor de luxo, enquanto investidores acompanharam os desdobramentos das reuniões do FMI e do Banco Mundial em Washington. Entre os principais índices, o STOXX 600 fechou em alta de 0,57%, a 567,77 pontos. O DAX, da Alemanha, recuou 0,23%, a 24.181,37 pontos, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, recuou 0,30%. O CAC 40, da França, liderou os ganhos com alta de 1,99%%, e o FTSE MIB, da Itália, caiu 0,41%. Por fim, as bolsas asiáticas fecharam em alta, com os investidores mantendo a expectativa de novos estímulos econômicos na China, apesar das tensões comerciais com os EUA. No fechamento, o índice de Xangai subiu 1,22%, enquanto o CSI300 avançou 1,48%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 1,84%. O Nikkei, em Tóquio, subiu 1,8%. Já o KOSPI, em Seul, valorizou 2,68%, o TAIEX, em Taiwan, avançou 1,80%, o Straits Times, em Cingapura, ganhou 0,41%, e o S&P/ASX 200, em Sydney, subiu 1,03%. Notas de dólar. Reuters *Com informações da agência de notícias Reuters.