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Síndrome nefrótica: o que é a condição que afeta a filha de Junior Lima e Monica Benini

Junior e Monica Benini revelam que filha de 3 anos foi diagnosticada com síndrome rara Junior Lima e a esposa, Monica Benini, revelaram nesta terça-feira (22)...

Síndrome nefrótica: o que é a condição que afeta a filha de Junior Lima e Monica Benini
Síndrome nefrótica: o que é a condição que afeta a filha de Junior Lima e Monica Benini (Foto: Reprodução)

Junior e Monica Benini revelam que filha de 3 anos foi diagnosticada com síndrome rara Junior Lima e a esposa, Monica Benini, revelaram nesta terça-feira (22) que a filha do casal, Lara, de 3 anos, foi diagnosticada com síndrome nefrótica — uma condição rara que compromete os rins e pode causar inchaço no corpo, alterações na urina e queda da imunidade. Segundo os pais, a criança já está em tratamento e apresenta boa resposta aos medicamentos. No vídeo divulgado nas redes sociais, o casal contou que inicialmente suspeitou de uma alergia, devido ao inchaço nos olhos da menina. Após uma investigação mais detalhada com diferentes especialistas, veio o diagnóstico. “Passamos por um momento muito tenso, mas agora estamos mais aliviados e confiantes”, disse o cantor. Monica também aproveitou para fazer um alerta a outros pais: “A síndrome nefrótica é mais comum do que parece e, muitas vezes, é confundida com alergias comuns”. O que é a síndrome nefrótica? A síndrome nefrótica é um conjunto de sinais e sintomas causados por lesão nos glomérulos — estruturas dos rins responsáveis pela filtragem do sangue. Com essa lesão, os rins passam a perder grandes quantidades de proteína pela urina (proteinúria), o que leva a níveis baixos de albumina no sangue e pode provocar inchaço (edema), aumento de colesterol e maior risco de infecções. Se não tratada adequadamente, a síndrome nefrótica pode evoluir para insuficiência renal, explica o médico nefrologista Henrique Carrascossi. Siga o canal do g1 Bem-Estar no WhatsApp Ela pode se manifestar em qualquer idade, mas é mais comum entre 18 meses e 4 anos de idade, especialmente em meninos. Junior e Monica Benini revelam que filha de 3 anos foi diagnosticada com síndrome rara que afeta os rins Reprodução/Instagram Quais são os sintomas Entre os primeiros sinais estão: Inchaço ao redor dos olhos (especialmente pela manhã) Inchaço nos tornozelos ao longo do dia Edema generalizado (nos pés, barriga e rosto) Urina espumosa Fadiga, perda de apetite e dor abdominal Redução no volume de urina Aumento da suscetibilidade a infecções Ganho de peso sem explicação Nos casos mais graves, pode haver acúmulo de líquido na cavidade abdominal (ascite) e no tórax (derrame pleural), além de risco de trombose. A síndrome nefrótica não é classificada como uma doença rara, embora não seja amplamente conhecida. Na infância, sua incidência estimada é de dois a sete casos para cada 100 mil crianças por ano. "É uma condição tratável, mas que exige atenção médica contínua para evitar complicações", afirma Carrascossi. O que causa a síndrome nefrótica? A doença pode ter causas primárias (quando afeta diretamente os rins) ou secundárias, relacionadas a outras condições, como: Diabetes Lúpus Hepatites virais Uso de medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides Infecções respiratórias ou reações alérgicas podem desencadear episódios em crianças Em crianças, a causa mais comum é uma condição chamada “doença de lesão mínima”, que geralmente responde bem ao tratamento com corticoides. Carrascossi explica que, em crianças, a forma mais comum é idiopática (sem causa conhecida clara). E até o momento, não há relação direta comprovada com estilo de vida ou alimentação em crianças. Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico é feito por meio de exames de urina (que detectam altos níveis de proteína) e de sangue (que mostram baixos níveis de albumina e altos níveis de colesterol). Em alguns casos, pode ser necessário fazer uma biópsia dos rins para entender a origem da síndrome. A síndrome pode ser confundida inicialmente com outras doenças que também causam edema, como hepatopatias ou alergias. Por isso, a avaliação clínica detalhada é essencial. Existe tratamento? Sim. O tratamento da síndrome nefrótica depende da causa e da resposta do paciente. Em crianças, a abordagem inicial costuma ser feita com corticoides. Quando não há resposta, outros imunossupressores, como ciclosporina ou rituximabe, podem ser indicados. Além disso, podem ser usados: Diuréticos, para controle do inchaço Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), para proteger os rins Dieta com pouco sal Suplementos de cálcio e vitamina D, nos casos com uso prolongado de corticoides. Dependendo da duração e dose dos medicamentos, pode haver efeitos colaterais que impactam temporariamente o crescimento ou o comportamento da criança, exigindo acompanhamento multidisciplinar, explica Carrascossi. Durante o tratamento, o sistema imunológico fica enfraquecido, por isso é necessário redobrar os cuidados para evitar infecções — como destacou Monica Benini ao explicar o uso de máscaras pela família. "O comprometimento da família com o tratamento, o uso correto das medicações, o controle do peso, da pressão arterial e a atenção à dieta são essenciais para evitar complicações e hospitalizações", afirma Carrascossi. Qual é o prognóstico? A síndrome nefrótica não tem uma cura definitiva em todos os casos, mas muitas crianças entram em remissão completa, especialmente nos quadros idiopáticos, e podem levar uma vida normal, embora recaídas sejam possíveis. Já em casos que tiveram origem em outras doenças, como glomeruloesclerose focal, podem ter evolução mais grave e exigir acompanhamento constante. "O acompanhamento a longo prazo é essencial, pois a doença pode recorrer. A frequência e a gravidade das crises variam conforme o tipo e a resposta ao tratamento, e algumas crianças necessitam de monitoramento durante toda a vida", acrescenta o médico. Saiba os sintomas e o que pode causar a síndrome nefrótica